quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Prefeitura demonstrará funcionamento do Sistema Municipal de Cultura na Câmara de Vereadores


Nessa quarta-feira, dia 19, às 19:00h, o Coordenador de Cultura de Barreiras, Bosco Fernandes,  utilizará o espaço na Tribuna  da Câmara de Vereadores para explanação dos princípios do Sistema Municipal de Cultura. Tendo em vista a importância da implantação deste instrumento de gestão de Cultura para nosso Município.

“O Sistema Municipal de Cultura está intimamente ligado ao Sistema Estadual de Cultura pelo Protocolo de Intenções assinado em Julho deste ano e com o Sistema Nacional de Cultura, através do seu próprio aparato Constitucional, firmado em Acordo de Cooperação Federativa com o Ministério da Cultura, em tramitação”, argumenta Bosco Fernandes.

terça-feira, 18 de outubro de 2011


No dia 19/10/2011 às 19:00h, próxima quarta-feira o Coordenador de Cultura de Barreiras, Srº Bosco Fernandes, utilizará o espaço na Tribuna da Câmara de Vereadores, Legislativo local, para explanação dos princípios do Sistema Municipal de Cultura. Tendo em vista a importância da implantação deste instrumento de gestão de Cultura para nosso Município e considerando a sua permanência mesmo quando houver mudança de comando de governo é que convidamos Vossa Senhoria para participar conosco deste momento histórico.
Nesse sentido, o Sistema Municipal de Cultura está intimamente ligado ao Sistema Estadual de Cultura pelo Protocolo de Intenções assinado em Julho deste ano e com o Sistema Nacional de Cultura, através do seu próprio aparato Constitucional, firmado em Acordo de Cooperação Federativa com o Ministério da Cultura, em tramitação.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011


Bacia do Rio Grande necessita de consórcio intermunicipal
Delegados foram eleitos rapidamente na plenária / Foto: Ronaldo Silva

Integração cultural e formação do consórcio intermunicipal para mais força política e acesso a recursos. Na plenária final da Conferência Territorial de Cultura da Bacia do Rio Grande, realizada na noite desta quinta (29) no Centro Cultural de Barreiras, propostas dos seis eixos temáticos abordaram a problemática do isolamento dos quatorze municípios do território.
Os órgãos municipais de cultura já têm discutido o tema do consórcio na região por meio da Associação de Dirigentes Municipais de Cultura (Adimcba), segundo João Bosco, coordenador de cultura de Barreiras e representante de comunicação da associação. Uma cartilha com o passo-a-passo para a realização do consórcio foi distribuída pela Secult durante a plenária.
 Para alguns dos 112 conferencistas, o trabalho nos seis eixos temáticos foi a primeira experiência de participação no planejamento de políticas públicas na Bahia. O produtor cultural Felipe Breuning, 25, foi um deles. Mora há dois anos em Luís Eduardo Magalhães, depois de uma trajetório em Chapecó (SC). “Achei o evento bastante positivo e produtivo, e estou bem satisfeito com as propostas finais”, conta o moço, que foi eleito delegado para a Conferência Estadual.
Os delegados foram eleitos rapidamente ao final do dia de atividades dos grupos de trabalho. Após a plenária, houve nova exibição do filme Do buriti a pintadas, de Reizinho Pereira dos Santos.


Mestre Nêgo, de Barreiras, é ícone da arte popular do território da Bacia do Rio Grande

Mestre Nêgo cede obras para Conferência Territorial da Bacia do Rio Grande em Barreira Foto: Ronaldo Silva

Na Bahia ele é conhecido como Mestre Nêgo, mas na carteira de identidade vem o nome Dilson Dias Almeida, 71. Nada disso importa quando o assunto é assinar as peças: Mestre Nêgo nem assina, nem bota placa na porta. Não gosta de propaganda, prêmio, essas coisas. Mas basta olhar para as esculturas em madeira para reconhecer o traço do artista nascido em Senhor do Bonfim e adotado por Barreiras há um par de décadas. Sapos, tamanduás, carrancas, araras, índios, caiporas, cobras, macacos, onças-pintadas são apenas parte do repertório do artista.
Na verdade, são dois os mestres: ele e o irmão Hélio Almeida, 73. A trajetória começou ainda na infância. A mãe deles, ainda chamada de “mamãe”, costumava fazer lapinhas (presépios) artesanais no Natal. E Dilson já ouvia lobisomen, via caiporas e imaginava a festa dos sapos no céu. Das lendas das matas nascem a maioria das obras, agora feitas em madeira-de-lei, depois de toda uma pesquisa em torno do gesso. Tem até mulher com duas frentes, fruto da imaginação e da sensibilidade de seu Dilson, que também é chefe de um terreiro de umbanda no bairro de Vila Amorim.
As portas do ateliê ficam fechadas durante o dia, mas basta chamar pela janela que ele vem atender. O irmão fica nos fundos, enquanto Mestre Nêgo fala com prazer de sua trajetória. Chegou até a tentar a vida em São Paulo. Trabalhou como operário numa fábrica de pias. Voltou em um ano, decidido a ser artista. Isso foi nos anos 1960, e de lá para cá, a técnica da escultura evoluiu tanto que o mestre tem de optar entre curtir a fama e se dedicar ao ofício.
Ele prefere a segunda alternativa; daí a porta fechada, ao lado do Museu Municipal Napoleão Macêdo, na rua Barão de Cotegipe. Se bem que também adora uma visita. Recebe bem, generoso, gentil e pronto para responder qualquer pergunta.
Basta abrir a porta por um instante que chovem visitantes. Dois vendedores de tapete, um paraibano e um cearense, querem saber como é que Mestre Nêgo trabalha a madeira. Uma família amiga vem mostrar o neném e ver as novidades. E assim vai. Sem contar os turistas, que veem as obras expostas no Palácio das Artes, no centro da cidade, e se interessam pelo artista.
Uma visita nunca é rápida. Tem direito a chuva nas costas do sapo, história de mercador viajante (o pai), lendas de reisados e mágicas de arco-íris que aparecem e desaparecem quando Mestre Nêgo quer. Para os participantes da Conferência Territorial da Bacia do Rio Grande, foi também uma magia poder admirar suas obras no hall de entrada do Centro Cultural de Barreiras, durante o evento.


Arte rupestre na Gruta da Pedra Brilhante, em São Desidério / foto: Ronaldo Silva

Outros patrimônios da região: a arte rupestre em São Desidério e a igreja de Santa Terezinha, no centro de Barreiras.
Igreja de Santa Terezinha, marco da cidade de Barreiras / Foto: Ronaldo Silva